domingo, 27 de outubro de 2013

APOSTILA 3ºTRIMESTRE TURMA 106

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ESSA APOSTILA ESTARÁ COMPLETA NO XEROX.
PARA AQUELES QUE JÁ HAVIAM FEITO SUA AQUISIÇÃO AGUARDEM EM AULA POR SUA CÓPIA!!

 
APOSTILA 3ºTRIMESTRE TURMA 106



ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
5ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
1942 - Escola Estadual de Ensino Médio Coronel PEDRO OSÓRIO - 2013
Instrumento de Avaliação
 “Juntos faremos a escola que queremos!”
ENSINO MÉDIO

APOSTILA HISTÓRIA TURMA 106 – 3ºBIMESTRE

Grécia Antiga

A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-européia, como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracteriza a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.

Expansão do povo grego (diáspora)
Por volta dos séculos VII a.C e V a.C. acontecem várias migrações de povos gregos a vários pontos do Mar Mediterrâneo, como conseqüência  do grande crescimento populacional, dos conflitos internos e da necessidade de novos territórios para a prática da agricultura. Na região da Trácia, os gregos fundam colônias, na parte sul da Península Itálica e na região da Ásia Menor (Turquia atual). Os conflitos e desentendimentos entre as colônias da Ásia Menor e o Império Persa ocasiona as famosas Guerras Médicas (492 a.C. a 448 a.C.), onde os gregos saem vitoriosos.
Esparta e Atenas envolvem-se na Guerra do Peloponeso (431 a.C. a 404 a.C.), vencida por Esparta. No ano de 359 a.C., as pólis gregas são dominadas e controladas pelos Macedônios. 

Economia da Grécia Antiga
A economia dos gregos baseava-se no cultivo de oliveiras, trigo e vinhedos. O artesanato grego, com destaque para a cerâmica, teve grande a aceitação no Mar Mediterrâneo. As ânforas gregas transportavam vinhos, azeites e perfumes para os quatro cantos da península. Com o comércio marítimo os gregos alcançaram grande desenvolvimento, chegando até mesmo a cunhar moedas de metal. Os escravos, devedores ou prisioneiros de guerras foram utilizados como mão-de-obra na Grécia. Cada cidade-estado tinha sua própria forma político-administrativa, organização social e deuses protetores.

Cultura e religião
Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V (Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.
A dramaturgia grega também pode ser destacada. Quase todas as cidades gregas possuíam anfiteatros, onde os atores apresentavam peças dramáticas ou comédias, usando máscaras. Poesia, a história , artes plásticas e a arquitetura foram muito importantes na cultura grega.

A religião politeísta grega era marcada por uma forte marca humanista. Os deuses possuíam características humanas e de deuses. Os heróis gregos (semi-deuses) eram os filhos de deuses com mortais. Zeus, deus dos deuses, comandava todos os demais do topo do monte Olimpo. Podemos destacar outros deuses gregos : Atena (deusa das artes), Apolo (deus do Sol), Ártemis (deusa da caça e protetora das cidades), Afrodite (deusa do amor, do sexo e da beleza corporal), Démeter (deusa das colheitas), Hermes (mensageiro dos deuses) entre outros. A mitologia grega também era muito importante na vida desta civilização, pois através dos mitos e lendas os gregos transmitiam mensagens e ensinamentos importantes.
Os gregos costumavam também consultar os deuses no oráculo de Delfos. Acreditavam que neste local sagrado, os deuses ficavam orientando sobre questões importantes da vida cotidiana e desvendando os fatos que poderiam acontecer no futuro.
Na arquitetura, os gregos ergueram palácios, templos e acrópoles de mármore no topo de montanhas. As decisões políticas, principalmente em Atenas, cidade onde surgiu a democracia grega, eram tomadas na Ágora (espaço público de debate político).

Questões dissertativas
1. De que maneira as características geográficas da Grécia interferiram no seu desenvolvimento histórico?
2. Descreva a organização dos Genos.
3. Como surgiram as polis?
4. O que é uma Democracia? Explica seu funcionamento em Atenas.
5. Caracteriza a sociedade grega.
6. Caracteriza as divindades presentes na religião grega.
7. Descreva as características do Helenismo.

QUESTÕES OBJETIVAS

1. Os hilotas são freqüentemente definidos como escravos. Na verdade, um conjunto de fatores permite que eles sejam caracterizados mais como servos do que como escravos propriamente ditos. (...) eram todos da mesma origem e, uma vez subjugados, permaneciam juntos nos locais e jamais se afastavam. (...) estavam presos à terra; não podiam se transferir, eram propriedade do Estado, e executavam as tarefas agrícolas nas terras repartidas entre os cidadãos quando da conquista.        (Maria Beatriz B. Florenzano, "O mundo antigo: economia e sociedade")
            O texto faz referência a um grupo social
a) de Roma.     b) do Egito.      c) de Atenas.   d) de Esparta.  e) da Mesopotâmia.

2. A partir do século V a.C., na Grécia Antiga, ocorreu um grande desenvolvimento nos campos da arte, da filosofia e da democracia ateniense. Sobre a democracia de Atenas, é CORRETO afirmar que:
a) a palavra "demos", que significa genericamente "povo", se referia a todos os habitantes de Atenas.
b) a palavra "demos" relaciona-se somente aos homens livres e filhos de atenienses.
c) participavam do espaço público grego os escravos, os estrangeiros e as mulheres casadas com cidadãos gregos.
d) a participação da mulher ocorria de forma efetiva nas assembléias.
e) a sociedade grega estava fundada no ideal de democracia, sem diferenças de classes, e todos votavam livremente nas assembléias.

3. Sobre as Guerras Médicas, confronto entre as cidades-estados gregas e a Pérsia, é correto afirmar que:
a) Atenas foi obrigada, no decorrer da 5 guerra, a se unir à liga Lacedemônia, submetendo-se ao comando de uma  oligarquia que se caracterizou pelo chamado governo dos trinta tiranos.
b) os gregos organizaram uma união militar da polis gregas comandadas por Atenas, a Confederação de Delos, em que várias cidades-estados deveriam fornecer recursos a serem depositados no templo de Apolo da Ilha de Delos.
c) no episódio chamado  "A retirada dos dez mil", Ciro, o jovem, foi derrotado na luta sucessória contra Artaxerxes e os  gregos, contratados como mercenários na Babilônia, a seu serviço, foram obrigados pelos persas a se retirar.
d) sob a liderança da cidade-estado de Esparta, as polis gregas organizaram a Confederação do Peloponeso, objetivando manter com a Pérsia relações políticas e comerciais.
e) a permanente situação de desagregação e de lutas entre as cidades gregas permitiu novas investidas da Pérsia e a derrota da expansão e supremacia do reino da Macedônia no mundo grego.

4. Esparta constitui, em matéria de organização social, a grande exceção na Grécia Antiga, em virtude de sua estrutura oligárquica e militarista. Quanto ao caráter dessa estrutura, pode-se afirmar que
a) uma intensa permeabilidade social possibilitava até servos e escravos chegarem à condição de cidadãos.
b) a educação visava ao desenvolvimento físico e à destreza, indispensáveis ao soldado, e estendia-se a todas as categorias sociais.
c) uma minoria social - os hilotas - detinha o usufruto das terras agrícolas e recebia uma educação destinada a formar bons soldados.
d) o grupo menos numeroso da sociedade detinha os privilégios sociopolíticos e integrava o exército da cidade-Estado dos 20 aos 60 anos.
e) os periecos, descendentes dos primitivos habitantes, controlavam todos os órgãos do poder e deveriam procriar filhos para fortalecer as fileiras dos exércitos.

5. A "Ilíada" e a "Odisséia" são atribuídas a Homero e referem-se, respectivamente, à Guerra de Tróia e à volta de Ulisses à sua ilha, Ítaca, ao final dessa guerra. Sobre essas duas obras, pode-se afirmar que:
a) defendem a superioridade étnica dos gregos sobre os troianos e alertam para os riscos que os deuses e mitos representavam para os gregos.
b) caracterizam papéis masculino e feminino nas sociedades gregas antigas e representam a interferência dos deuses nos assuntos dos mortais.
c) ridicularizam a falta de habilidade guerreira dos gregos e elogiam a ingenuidade política dos troianos, que aceitaram o cavalo de madeira como presente.
d) simbolizam a luta dos gregos pela democracia e criticam a disposição teocrática e tirânica dos legisladores e militares troianos.
e) associam os perigos enfrentados na viagem de volta à Grécia à necessidade de sofrer para obter a redenção e a salvação perante os deuses.

6. Leia a frase a seguir: "É bom deixar claro que o regime democrático ateniense tinha os seus limites".           (Pedro Paulo Funari. "Grécia e Roma". São Paulo: Contexto, 2001, p. 36)
            Assinale a alternativa que apresenta um grupo que tinha direitos políticos durante a democracia ateniense na Grécia Antiga.
a) Crianças.                 b) Escravos.                c) Mulheres.        d) Estrangeiros.         e) Camponeses.

7. Sobre a Guerra do Peloponeso, pode-se afirmar que
a) se tratou de uma luta entre a Confederação de Delos, chefiada por Esparta, e a cidade-estado de Atenas.
b) se constituiu na união de duas poderosas ligas, a de Peloponeso e a de Delos contra Atenas.
c) promoveu o fortalecimento da Liga de Peloponeso e a consolidação das cidades-estados gregas.
d) foi a vitória da Grécia sobre os povos persas, ampliando o império e domínio territorial grego.
e) foi responsável pelo declínio da civilização grega, possibilitando a posterior conquista da Grécia pelos macedônios em 350 a.C.


Roma Antiga

A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.
Origem de Roma: explicação mitológica - Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.
Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C a 509 a.C) - De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.
A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.

República Romana (509 a.C. a 27 a.C)
Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida. Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos).

Formação e Expansão do Império Romano
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum. Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina. Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
Principais imperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180), Comodus (180-192).


Pão e Circo
Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.


Cultura Romana
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar Rômulo e Remo.

Religião Romana
Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família.
Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.

Crise e decadência do Império Romano
Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares.
Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.


Legado Romano
Muitos aspectos culturais, científicos, artísticos e linguísticos romanos chegaram até os dias de hoje, enriquecendo a cultura ocidental. Podemos destacar como exemplos deste legado: o Direito Romano, técnicas de arquitetura, línguas latinas originárias do Latim (Português, Francês, Espanhol e Italiano), técnicas de artes plásticas, filosofia e literatura.

Questões dissertativas

1. O que significa a expressão “república”? No início da República, quem era considerado cidadão em Roma?
2. Explique por que durante a República aumentaram os conflitos entre patrícios e plebeus.
3. Por que podemos dizer que o Senado perdeu poderes ao longo do período republicano?
4. Quais as principais leis aprovadas durante o período republicano? Quais ganhos cada uma delas trazia para a população plebéia?
5. Explique por que Roma precisou expandir o seu território.
6. “Roma e Cartago passaram de aliadas a inimigas mortais.”. Quais os ganhos que Roma obteve com a derrota de Cartago?
7. Depois da conquista da Grécia a cultura Helenística conquistou Roma. Explique as mudanças que isto trouxe para a cultura romana.
8. No início da História Romana os escravos eram “parte da família”, mas isso mudou com a República. Como ficou a situação dos escravos? Por que podemos dizer que o aumento da escravidão teve grande impacto sobre a situação da população mais pobre de Roma?
9. Quem foram os Irmãos Graco? O que eles defendiam?
10. Qual a importância da Reformas do General Mario? Explique cada uma delas.
11. Por que podemos dizer que os governos de Mario e Sila deixaram evidente a crise da Estrutura de Governo Republicana?
12. Quem foi Espartaco? Por que a revolta de escravos liderada por ele foi tão importante para a História de Roma?
13. O que foi o Primeiro Triunvirato?
14. Liste e explique as Reformas de Júlio César e sua importância para o final da República.
15. Como terminou a República Romana?

QUESTÕES OBJETIVAS

1. Roma, de simples cidade-estado, transformou-se na capital do país e mais duradouro dos impérios conhecidos. Assinale a alternativa diretamente relacionada com o declínio e queda do império Romano:
a) Triunfo do cristianismo e urbanização do campo.
b) Redução considerável dos tributos e abolição do poder despótico do tipo oriental.
c) Barbarização do exército e crise no modo de produção escravista.
d) Ensino democrático dos estóicos e aumento dos privilégios das classes superiores.
e) Estabilização das fronteiras e crescente oferta de mão-de-obra.

2. O modo de produção asiático foi marcado pela formação de comunidades primitivas caracterizadas pela posse coletiva de terra e organizadas sobre relações de parentesco. Sobre essa estrutura é correto:
a) O Estado controlava o uso dos recursos econômicos essenciais, extraindo uma parcela de trabalho e da produção das comunidades que controlava.
b) Neste sistema verifica-se a passagem da economia de predação para uma economia de produção, quando o homem começa a plantar.
c) O fator condicionante dessa situação foi o meio geográfico, responsável pela pequena produtividade.
d) As relações comunitárias de produção impediram o desenvolvimento do comércio e da mineração na Antiguidade Oriental.
e) Os povos que não vivam próximos aos grandes rios não se desenvolveram e tenderam a desaparecer.

3. As “Guerras Civis” na Roma republicana foram provocadas pela (o):
a) Tentativa de Julio César de tornar-se imperador.
b) Ascensão dos homens novos e militares e marginalização da plebe.
c) Assassinato dos irmãos Graco, dividindo os romanos em dois partidos.
d) Insistência dos cristãos contra a escravidão e o culto ao imperador.
e) Disputa política envolvendo os membros dos dois Triunviratos.

4. Entre os séculos IV e V os pequenos proprietários arruinaram0se e buscaram a proteção dos grandes latifundiários. Surgiu assim o Patrocínio, instituição pela qual, em troca de proteção, um homem livre obrigava-se a cultivar um grande lote de terra para um grande proprietário. Grande parte da mão-de-obra foi recrutada entre os “bárbaros”, que invadiam as fronteiras do Império. O texto retrata:
a) A barbarização do exército e anarquia militar.
b) A principal forma de salvação do Império.
c) A abertura das fronteiras romanas aos povos germânicos.
d) A consolidação do sistema escravista de produção.
e) O surgimento do colonato e das Villae, com economia natural.



O FIM DO IMPÉRIO ROMANO, O CRISTIANISMO, AS INVASÕES BÁRBARAS

As Transformações no Império Romano - Durante o governo de Diocleciano e Constantino, várias medidas foram adoptadas na tentativa de conter a crise, como a criação de impostos pagos em produtos, congelamento de preços e salários, e a fixação do camponês à terra, iniciando-se a prática de um processo de maior ruralização.
O imperador Constantino foi ainda o responsável pela conciliação entre o Império e o cristianismo, a partir do Edito de Milão (313), que garantia a liberdade religiosa aos cristãos, que até então haviam sofrido intensas perseguições e que naquele momento representavam uma possibilidade de justificativa ao poder centralizado e ainda serviria para travar o movimento popular e de escravos, uma vez que a doutrina cristã reforçava a esperança de uma vida digna após a morte, no Reino de Deus.
A nova religião foi ainda mais reforçada durante o governo de Teodósio quando, através do Edito de Tessalónica, o cristianismo foi considerado como religião oficial do Império. A política imperial baseava-se na utilização da Igreja como aliada, na medida em que esta era uma instituição hierarquizada e centralizada e que nesse sentido, contribuiria para justificar a centralização do poder.
Apesar desse conjunto de medidas, a crise económica aprofundava-se, assim como a presença de povos bárbaros aumentava, estimulando a fragmentação territorial e a ruralização, pois o desenvolvimento das Villae estimulava uma economia cada vez mais voltada para a auto-suficiência. Esse fenômeno era particularmente forte na parte ocidental do Império, onde a presença bárbara foi muito maior e onde a decadência do comércio foi mais acentuada.
A divisão do Império em duas partes no final do século IV também contribuiu para esse processo: O Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla ainda conseguiu manter uma atividade comercial com outras regiões do Oriente, enquanto que o Império Romano do Ocidente, com capital em Milão, viveu um aprofundamento constante da crise.
Podemos perceber que nesse período de agonia final do Império Romano do Ocidente surgiram características que irão sobreviver e que estarão presentes na Idade Média, fazendo parte da estrutura feudal, como o trabalho do servo e a organização das Villae, que servirão de modelo para o trabalho servil e para a organização do Feudo; assim como o cristianismo.

Exercícios:
1 – Com base no que foi estudado em sala de aula e analisando a tirinha abaixo, responda o que se pede:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw4zSKL3SIQKxi947GVN1yNqShZpPrQZddzodqbyYRGvaE46BRr475rAwUe4bq8kIrTZqivLcZeCxGwuxpzJLROj2L3bsKSK5UmUffiy9ujnAAehXu9MbjxerG82o0TMSc0xAl4KrxlNU/s400/chargeHagar_barbaros.jpg

Quem eram os “bárbaros” e de que forma contribuíram para a formação da sociedade feudal?
a) Os “bárbaros” eram os romanos que construíram um grande império no interior da Europa que deu origem a sociedade feudal.
b) Os “bárbaros” eram povos que invadiram e destruíram o Império Romano provocando a fuga da população para o campo, fazendo surgir a sociedade feudal.
c) Os “bárbaros” eram os trabalhadores que tinham a obrigação de entregar parte de sua colheita, dando origem a servidão feudal.
d) Os “bárbaros” eram os primeiros guerreiros que lutaram pelo Império Romano, assim transformando-se nos nobres da sociedade feudal.
e) Os “bárbaros” eram feiticeiros condenados pela Igreja Católica que, dessa forma, fortalecia a religião na sociedade feudal.

2 –Observe o trecho de uma canção popular medieval:
“... nunca bebe o vinho de suas parreiras, nem prova migalha do bom alimento. Se ele tiver ganso ou galinha gorda em seu quintal, tudo isso terá de ser do senhor. Muito feliz será aquele que puder ter seu pão preto e em pouco de sua manteiga...”
Que grupo social está representado na canção?
a) o clero.        b) a nobreza     c) a burguesia.             d) o servo.       e) o proletariado.

3 “No mundo moderno é difícil imaginar um sistema numérico sem o zero. Sem ele, que nos possibilita expressar a diferença entre duas quantidades iguais como: 2 – 2 = 0, todo conceito da matemática abstrata seria impossível. O zero é também fundamental para outras ciências, inclusive a física, a química e a astronomia. E mais, imagine como daria trabalho fazer uma simples conta de subtrair usando os números romanos, por exemplo: CXX – XXXII = LXXXVIII. Curioso para saber o resultado? Vamos lá: 120 – 32 = 88, e agora, ficou mais fácil?”
Identifique que importante contribuição da sociedade muçulmana que está presente no texto:
a) o ensino de matemática nas escolas.
b) a divulgação dos números romanos
c) o sistema de aritmético
d) o livro “As mil e um noites”
e) os números indo-arábicos